A trama desenrola-se em torno de Camille Tirion, a filha do maquinista de locomotivas, Augustin. Quando Camille perde sua filha recém-nascida, Lydie, a história desenrola-se com uma mistura única de amor, humor e ternura. A narrativa explora as complexidades emocionais de perder um filho, fazendo-me ficar a beira das lágrimas - demasiadas vezes.
Apesar de conceder 4 estrelas à obra, é importante notar que essa avaliação não subtrai o mérito da qualidade e impacto emocional de Lydie. No entanto, surge a sensação de que a história, por vezes, avança rápido demais. Pode-se desejar uma exploração mais aprofundada de certos momentos e personagens, dando à narrativa uma oportunidade de respirar e crescer de forma mais expansiva. Coisa que bem fizeram nas suas obras posteriores.
A habilidade de Zidrou para abordar temas sensíveis de maneira delicada e com boa disposição é evidente ao longo de Lydie. O desenho notável de Jordi Lafebre adiciona uma camada extra de beleza à narrativa, dando vida à história de uma maneira visualmente envolvente.
Com apenas 60 páginas, Lydie é uma pérola de conto de fadas, iluminando um tema delicado com graciosidade e profundidade. A colaboração entre Zidrou e Jordi Lafebre brilha nesta história comovente, estabelecendo um padrão elevado para a nova coleção da Arte de Autor dedicada ao talentoso argumentista de língua francesa.
Recomendo esta obra a quem procura uma leitura que celebra a beleza nas experiências mais difíceis da vida.
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