Uma surpreendente viagem ao estilo de Criminal.
A primeira coisa que têm de saber é que este livro é escrito e desenhado por dois portugueses. Uma produção nacional que, a meu ver, está a par de lançamentos internacionais.
Não vejo como O Homem de Lugar Nenhum não poderia estar ao lado de A Velha Guarda de Rucka ou Moonshine de Azzarello.
A história segue a vida de um homem perdido e é nessa jornada que o vamos conhecendo. O ritmo surreal e assustador prossegue fazendo com que esta BD tenha de ser lida de uma assentada. Encontrar-se-á? Como?
O estilo de escrita é muito americano e mainstream, indo beber a histórias noir e pulps. Para mim, como fã desse género, (Criminal, I see you) a leitura torna-se imensamente surpreendente.
A arte é muito bonita, senti influências de Azaceta e Risso com cores extremamente elegantes. O movimento impresso por Veras surpreendeu-me. Há painéis maravilhosos. A sério, têm de ler.
Conecta-se com a escrita de maneira perfeita, encaixando e dando lugar a uma obra portuguesa de renome.
Se quiserem comprar um bom livro de BD português, O Homem de Lugar Nenhum deve estar no topo da vossa lista.
Pronta para o segundo volume.
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