A Quimera de Praga é um livro bastante visual. Um livro em que algumas passagens são "pintadas" e não escritas, um livro que a meu ver tem um enorme potencial e do qual se exigia mais. Eis como começa :
A história é interessante; Karou não faz ideia de quem seja mas trabalha para um demónio, uma quimera que habita algures em Praga. A jovem vive, assim, entre o sobrenatural e o natural, entre o estudar Artes e recolher dentes para uma quimera.
O livro é como uma viagem por várias partes do globo, e essa é uma das riquezas do mesmo. As descrições das cidades e dos edifícios fazem-nos percorrer ruas mentalmente de forma brilhante. O facto de recorrer a sarcasmo e ironia vem a revelar-se uma mais valia e dá-lhe uma pincelada de humor. O enredo é também ele interessante, saber para quê os dentes, quem é Karou, para onde dão as portas, porque se fecham, porquê tantos segredos ? Há personagens riquíssimas, como Brimstone - frase profunda/quotable/pomposa do mesmo abaixo - num mundo de que não se esquece facilmente.
Tornam o leitor envolvido na história e continuar a ler surge naturalmente. A premissa é inteligente e criativa todavia surgem passagens desnecessárias, as quais queremos passar à frente - algumas personagens irritantes ou cenas não relevantes - para continuar a decifrar o enigma.
É um livro que recomendo a fãs de fantasia pela criatividade e originalidade da autora e pela maneira em que está escrito. Um conto que não se esfumaça nas nossas mentes depois de ler.
Anseio por ler a continuação e saber como irá progredir a história de Karou.
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